











Tenho reparado que, em algumas crónicas deste jornal, se tem usado e abusado da primeira pessoa do plural.
“Nós isto, nós aquilo…”, “Nós contactamos tal entidade”, “Ficaremos alerta”…
Nós? Das duas uma… Ou é para rimar com o nome desta publicação ou então formou-se para aí um movimento de justiceiros populares de que eu não me apercebi. Se este último for o caso, digam-me onde é o guichet, pois quero preencher o formulário de inscrição!
O facto é que o “nós” e o “eles” dão muito jeito para atirar a pedra e esconder a mão.
O descontentamento com o poder central é algo complicado de expôr… (Talvez daí venha esse “Nós”). Ou se vai para a rua fazer uma revolução com Cravos, ou então temos que nos contentar com exercer o nosso direito de voto. Em ambos os casos o resultado final pode não ser o mais agradável para o frustrado cidadão. Já o descontentamento com o poder local é mais fácil de resolver, e eu posso falar por experiência própria. Quando achei que esta pobre terra estava entregue à “bicharada”, reuni meia dúzia de camaradas e, apesar dos meus 18 anos mal pintados, tomei uma atitude e não deixei que falassem por mim. Juízos á parte quanto á figura mais ou menos agradável que terei feito, o facto é que o que fiz não foi mais do que tomar uma posição, em vez de andar por aí a falar mal escondido atrás da primeira pessoa do plural…
Fica por isso o desafio.
Esses “nós” que ganhem cara e tomem uma posição digna do seu descontentamento e nas próximas autárquicas cá estarei para dar (ou não) o meu voto. Porque criticar uma vez por mês no jornal da terra é fácil… Até eu o faço!
Eu acho que as portas devem estar sempre abertas a quem (acha que) consegue fazer melhor.
Até lá, gostem ou não, vigora a velha máxima: "Manda quem pode, obedece quem deve."
Nada mais irritante que 2 portugueses a falar francês um com o outro (em Portugal), mal vestidos, com barbinha á rabicho, vestidos de branco ou com a camisola da selecção, e com um BMW para meter nojo...
A maioria as pessoas que conheço gosta de ler os livros antes de visualizar os respectivos filmes. Comigo acontece precisamente o contrário. Gosto de ver um filme e estar a pensar como terá sido escrito o seu livro e o seu guião e depois, se valer a pena, pegar no livro e ler. Foi assim o Mundo Perdido: Jurassic Park II, foi assim com A Barreira Invisível e está a ser assim com a Tempestade do Século.
Com o Mundo Perdido, cujo título original é "The Lost World: Jurassic Park II", apanhei uma desilusão, já que o livro em que se baseia é demasiado denso e rebuscado quando comparado com o filme. O livro tem o mesmo nome do filme e foi escrito por Michael Crichton que já havia escrito o primeiro Jurassic Park.
No segundo caso, A Barreira Invisível, a reacção foi precisamente a oposta. Se adorei o filme, amei completamente o livro.
O filme baseia-se no livro de James Jones, Os Sãos e Os Loucos, e penso que é justo que se diga que o filme e o livro se complementa. Devo admitir que vi o filme algumas 20 vezes (sim sou completamente doente) e só depois de ler o livro fui capaz de perceber algumas situações, uma vez que o livro tem muito mais conteúdo que o filme (como é natural).
Actualmente encontro-me a ler A Tempestade do Século de Stephen King, na sua liguna original. É fascinante. A própria introdução é uma delícia para um amante da escrita para TV e Cinema (amante e não mais que isso, porque neste país não há apoios para nada), explicando de forma sucinta as peripécias que um argumentista vai passando no processo de criação de um guião.
O resultado final é uma mini-série de 3 episódios absolutamente deliciosos.
O livro não se apresenta sob a forma de romance mas sim sob a forma de guião para TV com toda a formatação o que é, para mim, uma ferramenta de estudo espetacular. O próprio Stephen King justifica esta opção da seguinte maneira: "The Idea always dictates the form.". E está muito bem justificado se querem que vos diga...
À imagem do que fiz nos parágrafos anteriores, não vos vou contar a história, pois aconselho que tratem sim é de ver os filmes, mas posso adiantar que a história é bastante interessante, as personagens são muito bem aproveitadas e o Andre Linoge é o meu vilão favorito na história do cinema (ou dos filmes que vi...). Quem dá corpo à personagem é o actor Colm Feore que entrou ainda em filmes como Pear Harbor, The Sum of All Fears, Chicago, The Exorcism of Emily Rose entre muitos outros sendo o seu mais recente projecto a série Guns.
Andre Linoge
Já me alonguei demais nesta minha exposição de temática desinteressante, deixo-vos então com o trailler da Tempestade do Século. Tentem vêr esta obra. É muito boa.
Pah vocês podem-me dizer: "Ah mas este Linoge é um bocado doente...."
Nesse caso... Passam a ser 2....