Quem me conhece sabe que sou um pouco reservado.
Há quem diga que isso me prejudica, mas a minha opinião é que na realidade, muitas vezes, fico a ganhar. É que, às vezes, há aí muita gente que fala só para não estar calado e isso acaba por resultar numa rajada de besteiras que acaba por prejudicar o seu autor, mais cedo ou mais tarde.
A realidade é que, cada vez menos, qualidade e quantidade andam de costas voltadas. Se não vejamos, por exemplo, o jogo da Taça UEFA, entre Guimarães e Portsmouth, que culminou com a passagem dos ingleses. Os vimaranenses tiveram duas oportunidades de golo flagrante e, logo de seguida, uma bastou para os ingleses fazerem o golo que lhes valeu a qualificação.
Outro exemplo serão as crónicas de Miguel Sousa Tavares, que eu tanto aprecio, no jornal A Bola. O homem escreve um dia por semana, num jornal, uma só crónica. E tem um sucesso dos diabos.
Como vêem, no futebol como nisto de brincar aos comentadores de “coisas”, o número 1 chega para fazer a diferença. Não é necessário maçar as pessoas com o nosso nome e a nossa fotografia em 70% das páginas de um jornal, a tirar ilações desmedidas, descontextualizadas e infundadas sobre as acções de outros.
É um pouco como a malta do Gato Fedorento. Ao principio tinha piada. As pessoas viam e riam. Depois começaram a ficar com a imagem gasta e agora, ainda que mantenham um alto nível de audiência, já poucos são os que lhe acham a piada de antes... Foi cansando. É como tudo que se torna repetitivo... Enjoa.
E é por isto que, ás vezes, é melhor esperar para ver e fazer como o João Pinto: fazer os “prognósticos só no fim do jogo” para depois “chutar com o pé que está mais à mão”.
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