Jesus nasceu a 25 de Dezembro. Porquê?
No inicio do mês de Janeiro terminou uma das mais importantes fases do nosso calendário, as festas do Natal. Para além das prendas, da família e de todo o consumismo associado à época, o Natal é a comemoração do nascimento de Jesus Cristo.
Mas nem só Jesus nasceu a 25 de Dezembro. Esta frase pode parecer muito ofensiva para os cristãos, mas as mentes mais abertas que continuarem a ler vão perceber melhor.
Vou falar da “entidade” mais adorada de toda a história da humanidade: o Sol.
Desde o mais antigo registo escrito associado ao Homem, que o respeito e adoração do ser humano pelo Sol é sempre assinalado, pois todas as manhãs ele (o Sol) nasce, com a sua luz, “salvando” as pessoas do escuro, do frio e dos predadores da noite.
E a luz é de facto importante desde o principio da humanidade. Se não vejamos, no Egipto antigo, o deus Hórus estava associado à luz e ao bem e tinha um inimigo poderoso, Set a personificação da escuridão e do mal. O bem contra o mal e a luz contra a escuridão são as maiores dualidades mitológicas da história.
Mas vamos conhecer de forma muito resumida Hórus, o deus da luz do Egipto. Hórus nasceu a 25 de Dezembro, filho da virgem Ísis. O seu nascimento foi acompanhado por uma estrela e foi adorado, após o seu nascimento, por três reis. Aos 12 anos era um prodígio e tornou-se pedagogo. Foi baptizado aos 30 anos e começou a viajar com 12 discípulos e a realizar diversos milagres, como curar os doentes e caminhar sobre as águas. Era conhecido por nomes como: A Luz, O Cordeiro de Deus e O Bom Pastor.
Depois de ser traído por Typhon, Hórus foi crucificado, esteve morto durante 3 dias e depois ressuscitou. Apesar desta história poder parecer familiar aos leitores, convém lembrar que Hórus foi adorado no auge da civilização egípcia, cerca de 3000 anos antes de Cristo.
Este percurso de vida de Hórus é partilhado por muitos outros messias de várias civilizações, como Attis (Grécia 1200 a.C.), Krishna (Índia 900 a.C.), Dionísio (Grécia 500 a.C.), Mithra (Pérsia 1200 a.C.), e a lista continua... A questão que se impõe é o porquê destas características se repetirem em messias diferentes separados por séculos e por milhares de quilómetros.
A sequência do nascimento é puramente astrológica.
A estrela que acompanha o nascimento de Jesus é Sírius, a estrela mais brilhante do céu nocturno, que no dia 24 de Dezembro alinha perfeitamente com as três mais brilhantes estrelas da Cintura de Orion, que são conhecidas como os Três Reis. Em conjunto, estas quatro estrelas apontam para o local onde o Sol (o salvador da humanidade) nasce no dia 25 de Dezembro. É por isso que se diz que os Três Reis, seguem a Estrela Mais Brilhante, para o local do nascimento do Salvador no dia 25 de Dezembro.
E abordamos apenas o nascimento. Toda a adoração Cristã é baseada na adoração ao Sol e vários aspectos da religião podem ser explicados astrologicamente. Mas não vou gastar preciosos caracteres com isso. Deixo o aprofundar do tema para mais tarde. Como o Natal passou eu só quis chamar a atenção para o facto de todos nós termos passado esta quadra a gastar o que temos e não temos para comemorar o nascimento... do Sol!
Gostava um dia de poder falar do facto da história do nascimento e vida de Cristo ter sido lançada pelo império Romano, com enormes resultados políticos, pois durante séculos, mesmo depois da queda do império, o Vaticano manteve o controlo da Europa com mão de ferro levando a “gloriosos” tempos como as Cruzadas e a Inquisição. Mas é assunto para mais tarde, pois quero rematar com algumas citações interessantes.
George Carlin, comediante americano desaparecido em 2008, disse uma vez sobre a religião:
“(...)A religião convenceu as pessoas de que existe um homem invisível que vive no céu. Ele vê tudo o que nós fazemos a toda a hora!
E o homem invisível tem uma lista especial de 10 coisas que não quer que façamos. E se as fizermos ele tem um local especial cheio de fogo, fumo e tortura para onde nos manda para vivermos e sofrermos, sufocarmos, gritarmos, ardermos, para todo o sempre e até ao fim dos tempos... Mas ele ama-nos! Ele ama-nos e precisa de dinheiro! (...)
Ele é todo-poderoso, perfeito, omnisciente, e possui todo o conhecimento, mas por alguma razão não se consegue desenrascar com o dinheiro... (...)
A religião usa biliões de dólares, não paga impostos e precisam sempre de mais algum...”
As instituições religiosas, mantêm ainda hoje muitas pessoas presas às suas crenças. As pessoas condicionam as suas vidas mediante as palavras dos pregadores. São essas palavras que, em diferentes religiões, causaram guerra e morte. Manter as pessoas presas a uma ideia falsa, a obedecer a um conjunto de regras, sob pena de despertar a ira dos superiores é exactamente o mesmo que têm feito as instituições politicas.
Na religião, como na banca e na politica as pessoas são controladas pelo medo.
“A religião nunca poderá reformar a humanidade, porque a religião é uma forma de escravidão.” Robert Ingersoll 1833-1899
Façam perguntas, exijam respostas.
Assimaleija.blogspot.com
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