segunda-feira, 28 de março de 2011
2º IRC
Parabéns e coragem para o estágio destes meus pupilos.
Ficam recordações de um dia de manutenção na sala 110.
sexta-feira, 18 de março de 2011
Na função pública até as portas têm estatuto
Não sou psicólogo, sociólogo, vidente nem astrólogo. Ainda bem, porque cada vez mais me convenço que não tenho nem a queda nem a pachorra para o ser.
Mas há uma coisa que ainda sou capaz de, sem ser perito, analisar. Sou particularmente eficaz (ou acho que sou) a distinguir pessoas de pessoazinhas.
Eu sou o cúmulo da calma aparente em quase tudo. Mas por dentro há coisas que me matam e me deixam a praguejar comigo mesmo. Uma delas é cada vez a cada vez mais frequente vontade de mandar das pessoas que me rodeiam. Neste país toda a gente quer mandar em alguém. Há uma necessidade enorme nas pessoas de serem superiores a alguém nem que seja só “porque sim”.
Porque é que isto acontece?
Há gente que por ter um superior hierárquico e se sentir mal com isso, procura alguém, que julga estar directamente abaixo, para fazer valer a sua autoridade,
nem que a sua função seja algo ridículo e sem valor, como ter o rabo alapado atrás de uma secretária de um cargo público o dia todo a ver a banda passar
Estas são as pessoazinhas.
Aconteceu comigo hoje isto:
Num sítio desses acima descrito (função pública), cometi um erro TERRIVEL: pedi permissão para fazer alguma coisa. Nunca façam isso. Façam o que tiverem de fazer e pronto.
Entrei na sala, deixei o que comigo trazia e, ao ver uma porta de acesso ao exterior escancarada á minha frente, perguntei se podia sair por ali, em vez de ir dar uma volta enorme e sair por uma outra porta exactamente igual. A resposta foi:
“Não, aquela porta não de entrada nem de saída.”
A sério? A SÉRIO?! Uma porta que não é de entrada nem de saída?!?! Na minha terra isso não são portas. Não sei bem o que são. Mas não são portas!!
A minhas resposta foi:
“Pois, mas para não dar a volta, posso usar?!”
E obtive a mesma resposta seguida de um: “... mas já agora...”
E lá saí.
Convém acrescentar que a porta estava destrancada, já a usei outras vezes e outros já a usaram também. Talvez a porta estivesse de greve, tal como alguns elementos da função pública estão sensivelmente desde o dia em que começaram a trabalhar...
Quem lê isto pode pensar: “Este gajo é um merdas e isto não tem importância nenhuma...”
Pois. A primeira parte do pensamento é verdade. Já a segunda carece de fundamento, pois tudo isto foi precedido de outras situações em que o ego da senhora se exacerbou mostrando todo o seu intelectozinho...
Ás vezes gostava de ser maluco para poder dar duas lapadas em alguma gente ser inimputável.
Be True, Stay Alive.
domingo, 13 de março de 2011
terça-feira, 8 de março de 2011
Jel x Miguel Sousa Tavares na Sic Notícias
Posso dizer que me surpreendeu pela positiva.
O Jel esteve bem em todos os pontos e quero apenas partilhar convosco a entrevista.
Depois da entrevista vi o Miguel Sousa Tavares, pessoa por quem até tinha alguma estima, desvalorizar não só o que o Jel tinha dito, como também a manifestação de dia 12 de Março.
O sr. Tavares acha que o nosso protesto é desnecessário, descabido, os seus motivos não fazem sentido e, principalmente, acredita que não causará impacto.
Para o sr. Tavares é fácil falar porque depois de aparecer meia horita na TV a mandar "postas de pescada" leva para casa mais do que nós num mês.
domingo, 6 de março de 2011
A Luta é Alegria ganhou o festival da canção.
Eu não vi o concurso, estou apenas agora a ver os vídeos que inundaram a Web e dá para perceber que foram vaiados no momento da consagração.
Há algumas coisas que é preciso perceber ao analisar esta vitória.
Em primeiro lugar, eu NUNCA duvidei que, se o voto do povo valesse, os Homens da Luta iriam ganhar, porque não há dúvida que são personagens hilariantes, genialmente concebidas e que dão voz (ainda que com humor) aquilo que vai na alma dos portugueses.
Por outro lado, a música escolhida está longe de ser brilhante e nem sequer se aproxima de outras coisas que os Homens da Luta têm.
Se a nível interno esta vitória tem o seu valor, a nível externo é provável que Portugal vá ter mais uma valente derrota e venha embora sem pontos. Disso não duvido.
Mas há uma coisa que quem está a vir a público criticar a vitória do Jel e do Vasco tem que perceber mesmo: o povo está farto de fazer de conta. As primeiras reacções são de que a música não presta, que o aspecto dos personagens não é o melhor e etc. As letras dos Homens da Luta, com o seu humor, espelham o que nos vai na alma ("nos" inclui muita gente, não estou a falar desses "gordos" que vivem como querem), e por muito que vos custe é música de intervenção.
Eu sei que preocupa muita gente que comece a aparecer um estilo de música que não faça chorar, que não fale do tipo que estava "na minha cama com ela" ou dos "tempos de menino". É tempo da cantiga voltar a ser uma arma em Portugal. Foi disso que o povo gostou na música do Jel e do Vasco e foi por isso que votaram. Porque o conteúdo lhes disse alguma coisa.
Porque haveriamos de mandar à Eurovisão mais uma músiquinha bonitinha e alegre que é precisamente o oposto da situação em que vivemos?
Acho muito bem que os Homens da Luta vão lá fora. A perder que se perca e que se transmita uma mensagem.
Espero que sejam entrevistados por muitos canais locais e digam o que se passa aqui.
Dá-lhe Falâncio!
sexta-feira, 4 de março de 2011
E agora, ovelha negra.
Isto porque há coisas que se não forem ditas (escritas), enloqueço.
Be True, Stay Alive.