quarta-feira, 26 de Setembro de 2012
Santa Maria, Sal, Cabo Verde
Hoje foi dia de visita á ilha. Um dia cheio de coisas para ver, lugares para conhecer e calor para aguentar.
Saídos do hotel, cedo, dirigimo-nos com o guia Ademir e o condutor Ademirson (!) á primeira paragem, a baía da Mordeira com vista para ao Monte Leão que tem o aspecto de um leão deitado (com muita imaginação). No mesmo sítio, a 5/10 mentros do mar, está um aldeamento de luxo em que um casarão de 2 quartos, sala, cozinha e jardim que daria para fazer outra casa, vale 60 mil euros, com tendência para baixar devido á crise... É uma fortuna para os locais, mas a minha casa não é tão boa e custou bem mais do dobro.
Dalí fomos para as salinas. A principal atracção turística de onde se sai, dizem, 10 anos mais novo.
As salinas foram a principal fonte de riqueza da ilha. Foram vendidas pelos portugueses a um italiano antes da independência. Hoje em dia as salinas pertencem ainda aos italianos, razão pela qual se paga 5 euros para estar 15 minutos s chapinhar na água salgada e aquecida pelo vulcão que fica por baixo. No fim, uma banhoca de água gelada, custa mais 1 euro... Para ver se se tira a Itália da crise.
Paragem seguinte Espargos, onde deu para sentir um bocadinho o pulso á vida real da ilha que realmente é uma mudança abaixo do ritmo de vida tradicional alentejano. Pouca gente na rua, muita calma, pouco stress... Com o salário mínimo português quase ao nível do salário médio cabo verdeano, quase que pondero vir viver aqui. Não fosse o preço das coisas ser absolutamente estúpido, devido á ilha ser essencialmente turística.
Deixamos Espargos para ir á Buracona. Aqui veríamos o famoso olho azul mas, tragédia das tragédias, não havia sol e o efeito não teve lugar. Pena. Ainda assim deu para ver os locais em acrobacias para as piscinas naturais e perceber a beleza daquele sítio, que fica na Terra Boa, o único local da ilha onde a terra é fértil e, para onde as pessoas vão trabalhar as terras (que pertencem ao Estado) na época das chuvas (em que chove 9 a 10 dias por ano).
Seguimos para Palmeira, localidade costeira que vive da pesca e do artesanato que vende aos turistas. E foi precisamente para isso que lá fomos: ver o pequeno porto e o peixe a ser trabalhado e vendido e para comprar artesanato e produtos locais.
As coisas aqui são (para mim) surpreendentemente caras. Isto é, as coisas não têm um preço baixo como seria de esperar dado o país ser pobre. Os preços são exactamente o que seriam se eu comprasse um produto idêntico em Portugal. Por exemplo: uma garrafa do Groghe, bebida tradicional da ilha, rondava naquela lojas os 15€, que foi sensivelmente o mesmo que paguei no ano passado em Menorca pelo mesmo tipo de produto. Lembro-me de, na Tunísia, ter visto bebidas típicas locais a valerem metade disso e talvez ainda menos.
No entanto, esta loja onde nos levou o guia pareceu-me ter preços demasiado altos, uma vez que, mais á tarde, fomos a uma outra loja de artesananto noutra cidade, e os produtos, embora fossem diferentes, eram bem mais baratos.
Quanto ao peixe, é tirado dos barcos e preparado ali mesmo em cima do cimento da escadaria, como mandam as regras, enquanto os putos brincam á sua volta e os mais adolescentes jogam matrecos no café mesmo em frente. Segundo o guia Ademir, 4 cavalas ficam a menos de 1 euro se forem compradas directamente ali. O peixe é vendido á unidade e não ao kg.
Seguiu-se o almoço em Espargos, no restaurante O Sonho, que fica a meio de uma longa estrada de terra batida entre casas em construção. Espargos tem muitas dessas casas e, espantem-se (ou não), tem também lojas de chineses.
Existiam 3 possibilidades: a tradicional Cachupa, peixe frito ou frango frito. Eu pus de lado a coragem e afastei a Cachupa á partida. Peixe já se sabe que nem pensar! Portanto embarquei no frango frito, como um homem! Eu adoro frango e este frango frito foi o melhor frango frito que comi, pois para além de muito bem temperado, estava no ponto: nem muito esturricado, nem cru por dentro.
Seguiu-se uma vista panorâmica da ilha desde o monte na cidade de Espargos. A ilha é tão pequena que é possível ver o mar de ambos os lados a partir daquele monte que não terá mais que 300 metros de altitude.
Daí deu-se o regresso a Santa Maria, com a visita ao pontão e a uma outra loja de artesanato, esta já com atelier
No pontão acumulavam-se os turistas, os pescadores e os miúdos locais que brincavam no mar, nus, alguns deles. Aos nus, um casal de turistas portugueses, distribuíram cuecas que eles guardaram, pousadinhas na areia, e voltaram imediatamente ao mar, nus.
Na lojinha de artesanato, localizada frente a uma escola, pudemos ver os artesãos a trabalhar as peças que saiam directamente para a loja. Nesta loja os produtos eram mais baratos, talvez porque Santa Maria está completamente infestado de lojas deste género o que ditará uma baixa nos preços.
De seguida, o hotel. Já iam sendo horinhas porque o sol andou escondido mas o calor esteve lá e de que maneira.
Santa Maria, Sal, Cabo Verde
Hoje foi dia de visita á ilha. Um dia cheio de coisas para ver, lugares para conhecer e calor para aguentar.
Saídos do hotel, cedo, dirigimo-nos com o guia Ademir e o condutor Ademirson (!) á primeira paragem, a baía da Mordeira com vista para ao Monte Leão que tem o aspecto de um leão deitado (com muita imaginação). No mesmo sítio, a 5/10 mentros do mar, está um aldeamento de luxo em que um casarão de 2 quartos, sala, cozinha e jardim que daria para fazer outra casa, vale 60 mil euros, com tendência para baixar devido á crise... É uma fortuna para os locais, mas a minha casa não é tão boa e custou bem mais do dobro.
Dalí fomos para as salinas. A principal atracção turística de onde se sai, dizem, 10 anos mais novo.
As salinas foram a principal fonte de riqueza da ilha. Foram vendidas pelos portugueses a um italiano antes da independência. Hoje em dia as salinas pertencem ainda aos italianos, razão pela qual se paga 5 euros para estar 15 minutos s chapinhar na água salgada e aquecida pelo vulcão que fica por baixo. No fim, uma banhoca de água gelada, custa mais 1 euro... Para ver se se tira a Itália da crise.
Paragem seguinte Espargos, onde deu para sentir um bocadinho o pulso á vida real da ilha que realmente é uma mudança abaixo do ritmo de vida tradicional alentejano. Pouca gente na rua, muita calma, pouco stress... Com o salário mínimo português quase ao nível do salário médio cabo verdeano, quase que pondero vir viver aqui. Não fosse o preço das coisas ser absolutamente estúpido, devido á ilha ser essencialmente turística.
Deixamos Espargos para ir á Buracona. Aqui veríamos o famoso olho azul mas, tragédia das tragédias, não havia sol e o efeito não teve lugar. Pena. Ainda assim deu para ver os locais em acrobacias para as piscinas naturais e perceber a beleza daquele sítio, que fica na Terra Boa, o único local da ilha onde a terra é fértil e, para onde as pessoas vão trabalhar as terras (que pertencem ao Estado) na época das chuvas (em que chove 9 a 10 dias por ano).
Seguimos para Palmeira, localidade costeira que vive da pesca e do artesanato que vende aos turistas. E foi precisamente para isso que lá fomos: ver o pequeno porto e o peixe a ser trabalhado e vendido e para comprar artesanato e produtos locais.
As coisas aqui são (para mim) surpreendentemente caras. Isto é, as coisas não têm um preço baixo como seria de esperar dado o país ser pobre. Os preços são exactamente o que seriam se eu comprasse um produto idêntico em Portugal. Por exemplo: uma garrafa do Groghe, bebida tradicional da ilha, rondava naquela lojas os 15€, que foi sensivelmente o mesmo que paguei no ano passado em Menorca pelo mesmo tipo de produto. Lembro-me de, na Tunísia, ter visto bebidas típicas locais a valerem metade disso e talvez ainda menos.
No entanto, esta loja onde nos levou o guia pareceu-me ter preços demasiado altos, uma vez que, mais á tarde, fomos a uma outra loja de artesananto noutra cidade, e os produtos, embora fossem diferentes, eram bem mais baratos.
Quanto ao peixe, é tirado dos barcos e preparado ali mesmo em cima do cimento da escadaria, como mandam as regras, enquanto os putos brincam á sua volta e os mais adolescentes jogam matrecos no café mesmo em frente. Segundo o guia Ademir, 4 cavalas ficam a menos de 1 euro se forem compradas directamente ali. O peixe é vendido á unidade e não ao kg.
Seguiu-se o almoço em Espargos, no restaurante O Sonho, que fica a meio de uma longa estrada de terra batida entre casas em construção. Espargos tem muitas dessas casas e, espantem-se (ou não), tem também lojas de chineses.
Existiam 3 possibilidades: a tradicional Cachupa, peixe frito ou frango frito. Eu pus de lado a coragem e afastei a Cachupa á partida. Peixe já se sabe que nem pensar! Portanto embarquei no frango frito, como um homem! Eu adoro frango e este frango frito foi o melhor frango frito que comi, pois para além de muito bem temperado, estava no ponto: nem muito esturricado, nem cru por dentro.
Seguiu-se uma vista panorâmica da ilha desde o monte na cidade de Espargos. A ilha é tão pequena que é possível ver o mar de ambos os lados a partir daquele monte que não terá mais que 300 metros de altitude.
Daí deu-se o regresso a Santa Maria, com a visita ao pontão e a uma outra loja de artesanato, esta já com atelier
No pontão acumulavam-se os turistas, os pescadores e os miúdos locais que brincavam no mar, nus, alguns deles. Aos nus, um casal de turistas portugueses, distribuíram cuecas que eles guardaram, pousadinhas na areia, e voltaram imediatamente ao mar, nus.
Na lojinha de artesanato, localizada frente a uma escola, pudemos ver os artesãos a trabalhar as peças que saiam directamente para a loja. Nesta loja os produtos eram mais baratos, talvez porque Santa Maria está completamente infestado de lojas deste género o que ditará uma baixa nos preços.
De seguida, o hotel. Já iam sendo horinhas porque o sol andou escondido mas o calor esteve lá e de que maneira.
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